segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Situacionismo e ruptura

Estamos a cinco dias das eleições legislativas e é notório que se estão a travar várias lutas diferentes.

Por um lado há uma luta pelo poder travada pelos partidos que se têm alternado nesse poder, fazendo a mesma política neoliberal ditada pela elite monolítica (embora arrumada em partidos com nomes diferentes) da União Europeia.

Por outro lado há uma dura luta travada por aqueles que defendem a urgente necessidade de haver uma ruptura com essa política de direita, que gerou a presente crise e que não é capaz, sequer, de a atenuar de forma justa e sensível.

Há também os que aproveitam este período eleitoral para se posicionarem na sociedade, tendo em vista objectivos políticos ou pessoais, nem sempre claros.

A par das lutas há os fazedores de casos que, em geral, desempenham o papel odiento de procurar evitar que as mensagens mais sérias cheguem à opinião pública e fiquem abafadas pelas circunstâncias mais ou menos escandalosas de algumas situações.

Defender a alternância entre o PS e o PSD (com ou sem CDS) é defender o apodrecimento muito perigoso da já muito difícil situação nacional. Mesmo que o mais vasto e antigo painel histórico do PS venha, como está a fazer, jurar a pés juntos que o PS de Sócrates é de esquerda, todos sabemos que isso não apaga a politica de centro direita, com tiques não democráticos, que Sócrates praticou de forma muitíssimo marcada. Mesmo que o PSD mobilize antigos dirigentes e figuras não visíveis mas muito influentes no âmbito do Estado, para tentar demonstrar que tem uma politica diferente da de Sócrates, todos sabemos que não é assim. O situacionismo representado e defendido por este PS e pelo PSD e CDS, não é capaz de desenvolver este Pais de um modo democrático e com o objectivo de construir a justiça social.

Votar por uma ruptura verdadeira com esta politica e retirar já a maioria absoluta a qualquer destes situacionistas é o que se impõe.

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